quinta-feira, 17 de junho de 2010

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Aos Jovens...

Para o jovem atual, “quem gosta de passado é museu”, mas ao encarar o futuro vê-se perdido ante a crescente inversão na escala de valores que cega à maioria, daí tenta abrir os olhos e buscar num diminuto passado aquilo que o guiará, mas não pode vislumbrar justamente por desconhecer o que de melhor lhe ocultaram e está sendo extinto. Em busca do equilíbrio, em sintonia com um Universo Maior e acima de restrições individuais, partindo de um ponto imaginário, o meu primeiro passo é confessar aos jovens, através de palavras que a maioria ainda desconhece, quão nocivo tem sido o seu abandono pela nossa sociedade, o que pode me levar a parecer acaciano (bobo como o conselheiro Acácio de “O Primo Basílio” de Eça de Queirós que “Num espumoso vórtice se arroja...), revelando o que para adultos é óbvio, mas à maioria jovem (e para adultos inconscientes) ainda se constituem em “mistérios” encobertos e até mesmo como algo “Imanifesto! Só que diante de tão requintadas palavras de exaltação, talvez algum (a) jovem espiritualmente esclarecido (a) me questione logo “de cara”:

- “O que é isso? O que qualifica a quem vive no anonimato a tentar se elevar sobre os outros, ensinando a jovens (e até adultos) a viver, com palavras escolhidas ao acaso e escrevendo o que bem lhe der na telha?” Respeitando opiniões pessoais, a resposta é singela (para não dizer simplória): Diferente do restinho do meu creme dental ou do rolo do meu papel higiênico, a minha esperança não está no fim, pois desânimo é algo passageiro, simples efeito do ciclo existente na escala do humor (Qual seria a razão do fado, do tango, do bolero, do jazz e até do réquiem, se não houvesse tais momentos?). Se eu fosse sempre feliz, como “arrebatados” escritores que vendem “entusiasmo” e enriquecem com isso, ensinaria meu grande segredo, mas como a felicidade é instável e fugidia, em tais momentos sinto-me invadido por enorme júbilo, mormente quando é gerado em pequenos favores ou oferta pessoal com pequenos sacrifícios, cujos favorecidos, por seus próprios méritos, transformam até em vitórias espetaculares (daria mil exemplos). No plano individual (que também está encerrado dentro de um país), é notório que os sentimentos negativos trazem perda da auto-estima, dificultando a pessoa (ou uma nação) na capacidade de amar ou fazer-se amada, e poucos percebem que tal ocorre quando geram padrões excessivamente elevados para si mesmos e não logram alcançar, embora divisem nos outros, quiçá por carência de um conceito saudável e harmonizado do próprio valor individual perante Deus, esquecendo que há dois milênios, o Mestre ensinava o valor de cada um (portanto, de todos) ante o Criador (não é pregação religiosa nem uma novidade: Está em Mateus 10, vers. 29 a 31, mas tampouco é referência para esta ou aquela crença - ou descrenças que também merecem respeito). Assim, respeitando o valor individual de cada um, é hora de por fim a submissão de charlatões e espertos aproveitadores, já que este Mar não é de ninguém em especial, mas criado para todos e enquanto navegarmos juntos, nenhum semelhante será superior a outro, eis que ninguém deve ser colocado em igual nível ou na condição de bactérias ou amebas - organismos inferiores que sustentam os organismos mais avançados – pois, inobstante o desnível social em que alguém se ache, cada pessoa é o produto final de milhões de anos da evolução humana, necessária não só ao equilíbrio da natureza, como criada para louvar e coroar a grandeza e perfeição da própria Criação (com esta exortação, escritores tipo Paulo Coelho que se cuidem)! Todos sim, pois ninguém de juízo perfeito ousará me qualificar de utópico ou pretensioso para justificar sua própria omissão, nem contestará quem deseja melhorar o mundo para as gerações do porvir (ou há alguém que não quer ser sucedido do estágio atual de forma avançada e, principalmente, dotado de um espírito elevado e mais consciente?). Vamos à luta, jovens do meu País, eis que o futuro pertence a voces.